Falar de inclusão é também falar de sensações. Muitas vezes pensamos em adaptar atividades, mas esquecemos do que realmente envolve o corpo da criança: luzes, sons, cheiros e texturas. Para alunos com autismo, o ambiente pode ser o primeiro desafio. Uma luz muito forte, um ruído constante ou o toque de um tecido desconfortável podem transformar a experiência de aprender em um momento de tensão.
No Projeto O Mundo do Theo, reforçamos que adaptar o espaço é tão importante quanto adaptar o conteúdo. Durante as formações, orientamos escolas a mapear zonas sensoriais, permitir abafadores de som, usar luzes mais suaves e criar pequenos refúgios de descanso. Essas mudanças simples fazem o ambiente escolar respirar junto com a criança, oferecendo conforto e previsibilidade.
Um ambiente bem ajustado não “cura” o autismo, ele respeita o corpo e reduz barreiras. Quando a escola compreende o impacto do sensorial e se adapta com empatia, o aprendizado se torna mais leve, a convivência mais natural e a inclusão, finalmente, deixa de ser um ideal distante para se tornar realidade. 💙


