Na formação do dia 20 no YouTube, a psicopedagoga e neuropsicopedagoga Amanda Martins lembrou que alfabetizar crianças autistas é possível e começa por três fundamentos simples e poderosos. Primeiro, a atenção: é a porta de entrada da aprendizagem. Em sala, combine um sinal discreto com o aluno (um gesto, um toque previamente acordado) e apresente objetivos claros em blocos curtos, para que ele saiba exatamente o que vai acontecer. Segundo, a comunicação: antes de pedir que a criança leia ou escreva, garanta que ela compreendeu a proposta. Vale falar com frases curtas, apoiar com imagens ou pictogramas e aceitar diferentes formas de expressão como: gesto, apontar, prancha, fala emergente. Terceiro, a rotina visual: previsibilidade traz segurança e engajamento. Uma agenda do dia com fotos/ícones da própria turma (chegada, atividade, lanche, saída) antecipa mudanças e reduz a ansiedade. Quando atenção, comunicação e rotina visual caminham juntas, a alfabetização deixa de ser um obstáculo, vira um percurso possível e mais leve para a criança, para a família e para a escola.
