Durante uma das formações promovidas pelo Projeto O Mundo do Theo, surgiu uma questão muito importante: “Como falar corretamente sobre autismo?”. A reflexão trouxe um ponto central que precisa ser valorizado nas práticas educacionais e sociais: mais importante do que escolher entre os termos “pessoa autista” ou “pessoa com autismo” é compreender que o respeito começa pelo nome.
Na comunidade científica, o termo mais usado é “pessoa com autismo”, enquanto muitos membros da comunidade autista adulta preferem ser chamados de “pessoa autista”. Ambos são aceitos e corretos. O que não se utiliza mais é a expressão “portador do autismo”, por ser equivocada afinal, o autismo não é algo que se carrega ou que possa ser deixado de lado, mas sim uma condição que faz parte da identidade da pessoa.
A orientação compartilhada durante a formação foi clara: na dúvida, chame pelo nome. Esse gesto simples humaniza, valoriza a individualidade e rompe com estigmas. Ao tratar o aluno pelo nome, o professor reconhece que ele é muito mais do que um diagnóstico: é um sujeito de direitos, talentos, sonhos e possibilidades.
Essa reflexão está em sintonia com a essência do Projeto O Mundo do Theo, que busca construir uma educação inclusiva pautada no afeto, na escuta e no reconhecimento da singularidade de cada estudante. Porque, no fim das contas, inclusão não é apenas uma prática pedagógica — é também um ato de humanidade.


