Os estigmas sobre crianças autistas criam barreiras invisíveis que reforçam preconceitos e limitam possibilidades. É por isso que o Projeto O Mundo do Theo promove formações que convidam educadores e famílias a refletirem sobre a necessidade de superar essas marcas e enxergar cada criança autista como única, cheia de potencial e capaz de se desenvolver plenamente em um ambiente de aceitação e acolhimento.
Durante uma sensibilização, foi abordada a importância de reconhecer os diferentes tipos de estigma que surgem no contexto escolar:
- Estigma público: quando se associa a condição autista a estereótipos aprendidos socialmente, como a ideia equivocada de que “a criança não consegue” ou que “não será capaz de aprender”.
- Estigma por aproximação: quando a própria família, por falta de informação ou por experiências passadas, acredita que a escola não dará atenção adequada ao filho, fechando-se ao diálogo antes mesmo de tentar.
- Autoestigma: talvez o mais perigoso, quando a própria criança ou jovem internaliza as mensagens do ambiente e passa a acreditar que não é capaz, que não deveria estar na escola ou que não é aceita naquele espaço.
A reflexão trouxe uma verdade poderosa: a deficiência não torna ninguém incapaz, mas os estigmas sim. Cabe à escola, às famílias e à comunidade educacional construir um ambiente humanizado que diga às crianças autistas que elas são bem-vindas, que são aceitas e que podem sonhar e realizar.
Como disse um participante da formação, “autistas não têm dificuldades, eles têm desafios”. E desafios podem ser superados quando há apoio, afeto, estratégias pedagógicas inclusivas e um olhar atento para as singularidades de cada aluno.
No Projeto O Mundo do Theo, a luta contra o estigma é também uma luta por direitos, dignidade e oportunidades. Afinal, promover inclusão é garantir que todas as crianças possam ser quem realmente são, sem rótulos que limitem suas trajetórias.
